REMINISCÊNCIAS – PAIXÕES – RENÚNCIAS
J.M. MORAES
“Para onde vou?
Caminhar com a solidão
Conversar com a tristeza
E chorar com a paixão!”
Versos extraídos do livro “Noites Guaraçaienses”,
poemas escritos por Emílio Carlos Figueira da Silva (pomposo nome, muito bem
escolhido pela família). Acredito ser este, o nascedouro que impeliu este
renomado poeta, escritor, autor, professor e doutor: Emílio Figueira, que dia a
dia nos surpreende com seus magníficos projetos para adeptos do estudo que
caracteriza intenções filosóficas e a base dos seus importantes livros
instrutivos/educativos que têm elevadas capacidades para abranger a compreensão
da realidade, na busca de apreendê-las na sua totalidade, por isto recebeu
várias vezes, altas graduações de Doutor.
Com sua família pisou terra
guaraçaiense na década de 80, ainda criança e deixou antever suas capacidades e
salutares exemplos vindos de seus pais e avós e depois aprimorados pelos seus
professores: Maroca, Antonieta, Irineu Buzo e outros mais, que o capacitaram,
incentivando-o a vencer as mazelas de um incômodo circulatório,
acontecido durante o seu nascimento, causando-lhe uma irreversível deficiência
física, por todo um sempre.
Emílio Figueira quando nasceu, foi
motivo para uma incontida euforia, intensa alegria dos seus pais, familiares,
amigos da família, que sem o saberem recebiam um pequerrucho iluminado, que
haveria, por certo, de mostrar muita garra, perseverança ao viver bons e
singulares ensinamentos recebidos.
Passados aqueles momentos de grande
bem-estar, começaram a perceber que o guri apresentava sérios problemas. Com
muito amor e cuidados chegaram a conclusão de que, ao vir à luz, faltou-lhe
oxigenação cerebral, a causa daquele infeliz estado de saúde.
Seus pais e parentes com muito carinho,
zelo e dedicação passaram a dar mais atenção àquele bebê querido. Esta afeição
da família, por toda uma vida, encorajou Emílio Figueira a abrir novas veredas
e, ao crescer, ganhar espaços, amigos, vizinhos, colegas escolares e também na
sociedade.
Na sua juventude, a força pré-adulta
fez com que o moço participasse de todas as diversões que lhe eram possíveis.
Fez rodas de amigos para trocar fatos íntimos, os grandes segredos inconfessáveis,
com as bonitas moças teve namoricos ligeiros ou apenas um flerte e quando era
possível uma troca de carinhos, os roubos de um inesquecível primeiro beijo.
Por boa formação espiritual que recebeu
em casa, ele não apresenta rancor algum, nem mesmo uma simples frustração pelos
problemas físicos, e podemos afirmar que nunca sentiu rejeição de pessoa
alguma, nem tornou-se tristonho, melancólico, deprimido, a não ser por algum
motivo passageiro.
Agora, aquela paixão, aquele amor
ardente, e de entusiasmo maior, muito vivo, por alguma senhorita dos seus
sonhos, sempre marcavam presença no seu íntimo.
Na nossa vida, em sua constante
mutação, se nos apresenta inesperados imprevistos, alguns de intensos prazeres;
o que de fato aconteceu. A família do Figueira, estava de mudança para
Bauru-SP, uma próspera cidade que exercia influência funcional, econômica e
social sobre as cidades menores. Coisa excelente. Um presente para Emílio Figueira
que, agora, poderia dar vazão aos seus sonhos, um crescer primoroso no setor
educativo. Novas situações, então aconteceram, como conhecer várias escolas,
diversos cursos a serem escolhidos à vontade, alguma faculdade
proporcionando-lhe o prazer de aumentar o seu acervo cultural. Nasceram, com o
tempo, o poeta, professor, escritor, autor de generosa quantidade de obras
literárias, fomentando o processo cultural.
Aqui, cabe-me como seu amigo, o
explicativo: Emílio Figueira, parece-nos não dar grande importância aos títulos
que amealhou, porque sua personalidade simples prefere ser chamado apenas de
amigo.
Então, o emérito amigo, nos seus
prazeres estudos acaba agraciando-nos com alvissareira notícia: está
estudando cinema, essa grande arte de entretenimento e assim, para nosso
deleite, vamos aplaudir um futuro cineasta. Esperem, para ver...
Então, neste rápido perfil do nosso
estudioso amigo, sabendo do abuso que cometi nesta extensa matéria, peço-lhe
desculpas.
Por
aqui vou ficando. Tchau!
Receba, Emílio Figueira, um gostoso e
arroxado quebra–costelas, deste seu grande admirador
JAYRO
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